No Brasil, o parto é considerado um evento potencialmente desequilibrado, arriscado, com necessidade de controle e ordem médica e hospitalar.
A medicina fornece vários medicamentos para controle da dor, manobras e intervenções para minimizar o risco iminente.

Será que os modelos atuais de partos são corretos?

O que veio para auxiliar as mulheres grávidas ou salvar vidas como: anestesia, cesariana, antibióticos e medicamentos, agora é questionado pela sociedade graças à banalização das intervenções médicas e aos danos gerados.

Assim, muitas mulheres e seus companheiros estão procurando informações, estabilidade e especialistas que estejam alinhados com seus pensamentos e que trabalhem com boas práticas obstétricas.
Elas também esperam ser apoiadas na preparação para este novo momento de suas vidas.

Os momentos de preparação têm que se concentrar principalmente no potencial congênito da mulher para oferecer o nascimento, e em sua percepção deste processo.

Esse momento de preparação deve ser apoiado por um tripé de desenvolvimento que listo logo abaixo:

Você sabia que a hipnoterapia traz resultados significativos na cura de problemas como ansiedade, insegurança, medo, baixa autoestima, insônia, falta de motivação, falta de confiança, sensação de não ser capaz de sair do lugar. 

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1) Compreensão e informação.

A educação do processo de fisiologia do parto visa reforçar a confiança da mulher em seu corpo humano, em sua capacidade de dar à luz, com base na racionalidade que é muito fundamental nos dias de hoje.

 2) Reprogramando a mente

O treinamento e a reprogramação da mente (neuroquímica e psicofísica) permitem que a mulher se aproxime de seu próprio corpo, favorecendo a confiança e a aprovação nos processos fisiológicos programados por seu cérebro.

Neste processo é utilizado as ferramentas da neurociência como a vocalização, o relaxamento consciente, a coerência cardíaca, a atenção, a terapia cognitivo-comportamental, dentre outras, colaborando para mudar os circuitos neurais envolvidos com a percepção e o comportamento no processo do parto.

3) Treinamento psicoafetivo pessoal

O treinamento psicoafetivo visa contatar e falar com o subconsciente para modular as percepções de medo, insegurança e dor através da hipnose, visualização e EFT/TFT.

Mas, por que a hipnose?

Porque, com a hipnose você pode aprender a trabalhar com seu subconsciente e alcançar seus objetivos, tais como minimizar a percepção dolorosa do trabalho de parto e reduzir a probabilidade de precisar de uma analgesia ou simplesmente retardar seu uso, além de também conseguir um impacto anestésico sem o uso de drogas.

Este é o propósito do treinamento psicoafetivo e do hábito de praticar a hipnose ou a auto hipnose.

O Relatório de Sugestões do Ministério da Saúde (Diretrizes Comuns para o Parto, 2016), sugere a hipnose no trabalho como uma tática de manejo não farmacológico da dor durante o parto.

A conclusão dos estudos mostrou que a hipnose no trabalho de parto “diminuiu significativamente o uso de analgésicos e anestésicos para o alívio da dor”.

Sendo assim, o uso da hipnose pode ser uma ferramenta eficaz capaz de evitar ou retardar a necessidade do uso de medicalização para aliviar o desconforto e a dor do parto, além de prevenir a fadiga, o cansaço e a prostração muscular e física no processo de parto.
Além dos benefícios citados acima o uso da hipnose ajuda a controlar o medo e a ansiedade.

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Para chegar ao “transe” hipnótico ou a consciência focalizada, há uma preparação para os iniciantes.

Antes da prática propriamente dita, é necessário que haja uma permissão ou liberação da mente consciente.
No entanto, esta é mente que está mais ativada, por essa razão, deve ser a primeira barreira a ser quebrada.

Para isso, é necessário “alimentar” a mente consciente e racional, oferecendo dados sobre o processo fisiológico do parto e os processos mentais do medo e confiança, além de reforçar os recursos acessíveis como a medicina e a tecnologias para a segurança, o controle e estabilidade do processo de parto.

Desta forma, há uma acomodação da mente consciente que permite os próximos passos, já que a confiança da mulher em seu corpo e no processo está sendo semeada nesta fase.

Em seguida, exercícios de relaxamento consciente e respiração são feitos para minimizar a atividade racional e passar à consciência corporal.

O objetivo é transportar o foco da mente consciente para a mente subconsciente através de técnicas de modulação ou cadenciamento que preparam para a indução hipnótica.
Este processo é semelhante ao que fazemos com os bebês, quando os ninamos com a intensão de acalmá-los e colocá-los para dormir.

Em um dado momento, chega-se a um “transe hipnótico”, um estado de relaxamento intenso e de consciência concentrada.

Sua respiração se torna mais calma, seus músculos permanecem relaxados, sua mente totalmente livre de distrações ou outras ocupações frenéticas e racionais.

Aqui então se encontra um terreno fértil para modular as percepções de (dor, medo, insegurança, etc.) e receber sugestões diretas ou indiretas de (tranquilidade, relaxamento, confiança, bem-estar, etc.).
Neste ponto se estabelece um diálogo com o subconsciente, por meio de metáforas.

A condução e indução do estado hipnótico, assim como as sugestões e modulações, têm a possibilidade de serem dirigidas por um terapeuta ou por si mesmo através de auto hipnose.

No início, pode parecer difícil continuar e permanecer em cada grau de relaxamento e transe hipnótico.
Nossa mente consciente aspira a todo momento a retornar ao seu estado normal, no entanto, com treinamento e insistência, tornar-se-á mais fácil e você poderá entrar e sair do transe hipnótico em segundos.

A enorme virtude desta prática é regular nossas próprias ocupações mentais, desarmar o constante “sistema de alerta” e conectar-se com nosso corpo humano sensível, afetivo e instintivo.

Como manter o controle da dor do parto com hipnose?

A dor do trabalho de parto, como qualquer outra dor, é controlada pelo cérebro, ensinando sua mente e seu corpo a admitir e acolher os espasmos uterinos, você pode reinterpretar a dor.

Para entender melhor: a mente inconsciente não faz distinção entre o que é real e o que é imaginação.

De acordo com a magnitude e frequência de um pensamento/ideia/imaginação, a mente a interpreta como real e as respostas corporais (físicas, afetivas e mentais) são desencadeadas de acordo com a interpretação.

Se pensar repetidamente, por exemplo, que dar à luz não é seguro, que os espasmos são insuportáveis, que não irá conseguir, etc., essa é uma mensagem, o comando para o cérebro.

Diante disso conexões são estabelecidas e constantemente reforçadas, então um “sistema de alarme” é organizado.
E uma vez que o trabalho e os espasmos chegam, o sistema é ativado!
O risco é registrado!
E o corpo entra no modo FIGHT-RUN-FREEZE (LUTE-FUJA-CONGELE).
O famoso ciclo MEDO-TENSÃO-DOR geralmente se torna um caminho sem retorno.

Pela mesma lógica, se pensarmos e imaginarmos de forma diferente, como por exemplo: o parto é um processo fisiológico, os espasmos que vêm é o instante para respirar, relaxar, concentrar-se, vocalizar, desfrutar, sentir prazer, entre outras ideias, é neste formato que seu cérebro e sua mente funcionarão!

Uma vez que o momento chegue, os comandos serão ativados automaticamente.

Desta forma, imagens e metáforas fazem parte da lista de ferramentas para fazer novas, saudáveis e mais apropriadas conexões neuromotoras para um parto muito mais suave, fluido e prazeroso.

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